23/08/2011

Dâmaso I, 11 de Dezembro


 Papa e Confessor (+ Roma, 384)

Papa da Igreja Cristã Romana (366-383) nascido na Espanha, eleito em 1º de outubro (366) como sucessor de Líbero (352-366), e foi o primeiro papa espanhol e considerado um dos maiores pontífices da Igreja de Roma. Órfão de mãe, seu pai o levou para Roma, onde recebeu uma sólida educação religiosa e científica, que o fizeram reconhecido como um dos homens mais santos e sábios do seu tempo. Era diácono da Igreja de Roma, quando acompanhou o papa Líbero ao exílio e com a morte deste, foi escolhido para substituí-lo no trono pontifício, tanto por sua sabedoria e santidade que o distinguiam, como também pelo zelo e coragem com que defendera a Igreja contra os heréticos. Para se firmar no trono manteve longa contenda contra o diácono Ursino, que ambicionava para si a dignidade papal. Porém, antes que ocorresse um cisma, a maioria dos bispos e do povo permaneceram fiel ao novo papa e convenceram o governador romano mandar o promotor das desordens e usurpador para o exílio. Durante o seu pontificado, realizaram-se vários concílios em Roma e em Constantinopla, inclusive um ecumênico (381). Colaborou com Ambrósio na ação contra os bispos arianos ocidentais. Fez traduzir do hebraico as Sagradas Escrituras, fixou o cânon bíblico e valeu-se da obra de Jerônimo para corrigir a Bíblia latina (374). Era um erudito e como um historiador, escreveu as vidas dos Papas, de Pedro a Libério. Foi autor das primeiras decretais e autorizou o canto dos Salmos em dois coros, o rito ambrosiano, instituído por Ambrósio. Além disso, empreendeu importantes escavações para encontrar as relíquias de muitos mártires, abrindo as catacumbas, nas quais mandou desentulhar galerias, fazer escadas, por clarabóias. Cuidou de construir igrejas nos locais dos túmulos, colocando inscrições que podem ser lidas ainda hoje e entregando-os à veneração dos fiéis. Construiu inúmeras igrejas, dentre as quais a basílica de San Lorenzo, denominada de Dâmaso, e introduziu o uso da palavra hebraica Aleluia. Proclamou o 2° Concílio Ecumênico de Constantinopla, onde foram condenadas as heresias de Macedônio e Apolinaris, e seus respectivos autores foram desterrados. Apesar de seu pontificado de mais dezessete anos ter coincidido com épocas bem angustiosas, todos os escritores eclesiásticos daquele tempo lhe teceram os maiores elogios, entre eles, Jerônimo, que o chamou de o doutor virginal da Igreja virginal, Teodoro, que o tratou como um homem dotado de todas as virtudes e digno de todo o louvor, e Ambrósio, que o reconheceu como um instrumento escolhido pela divina providência para o bem da Igreja de Cristo. Gozou de imenso prestígio entre os imperadores como Teodósio, Graciano e Valentiniano, que estes o reconheceram como legítimo sucessor de Pedro na Igreja de Roma e ordenaram expressamente aos súditos, que não aceitassem outro credo a não ser aquele que ele ensinava. O imperador Graciano promulgou uma lei que determinava a competência jurídica do Papa em julgar as questões que houvesse entre Bispos. O papa de número 37 morreu em em Roma, e foi sucedido por Sírico (384-399) e, canonizado tem sua festa  litúrgica em 11 de dezembro.

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