06/06/2013

Papa Leão I




Leão I, também conhecido como Leão Magno foi o 45° bispo de Roma Papa da Igreja Católica, de 29 de setembro de 440 até a sua morte, em 10 de novembro de 461. É um doutor da Igreja e um dos Padres latinos. Leão I é conhecido por ter, supostamente, convencido Átila, o Huno em Roma, em 452, a voltar atrás em seu propósito de invasão da Europa Ocidental.

É venerado como santo pela Igreja Católica e pela Igreja Ortodoxa, sendo celebrado pela Igreja Católica e Anglicana no dia 10 de Novembro, e pelas Igrejas Ortodoxas em 18 de Fevereiro. É, juntamente com o Papa Gregório I, e com o Papa Nicolau I, um dos Sumos Pontífices que passaram à história com o cognome Magno (ou o Grande).


De acordo com o Liber Pontificalis, era natural da Toscânia. Em 431, como um diácono, ocupando uma posição suficientemente importante para trocar cartas com Cirilo de Alexandria e o Papa Celestino I. Quando o Papa Sixto III morreu (11 de agosto de 440), Leão foi unanimemente eleito pelo povo para sucedê-lo.

O seu pontificado, de rara longevidade nos tempos iniciais da Igreja, foi pródigo em importantes acontecimentos.

Em 451, os hunos assolaram o norte da Península Itálica, saqueando e matando. O imperador do Ocidente não logrou defender o seu território. Diante da invasão e do vazio do poder imperial, Leão assumiu a governança de Roma, passando a usar o título de Papa e de sumo pontífice, que anteriormente eram atribuídos ao imperador. Ao mesmo tempo adotou o estilo imperial de poder monárquico, absoluto e centralizado e todos os seus símbolos, inclusive as vestimentas. E foi assim que, segundo o teólogo Leonardo Boff, "os textos atinentes a Pedro que em Jesus tinham um sentido de serviço e de primazia do amor foram interpretados como estrito poder jurídico." Segundo a tradição, Leão encontrou-se com Átila, rei dos hunos, em 452, na cidade de Mântua, e conseguiu que finalmente fosse firmado um acordo de paz.
No entanto, Roma foi pilhada depois pelos vândalos. Quando, em 455, os vândalos, comandados por Genserico, se encontraram às portas de Roma, sem que nenhum exército imperial trouxesse ajuda, os olhares se voltaram para Leão Magno. Ele se dirigiu ao acampamento dos inimigos e, embora não lograsse impedir de todo o saque da cidade, conseguiu, preservar a vida da população e impedir a tortura de muitos cidadãos romanos.

Em 446, Leão declarou que "o cuidado da Igreja universal deve convergir para a cadeira de Pedro, e nada (…) deve ser separado de sua cabeça". Esta doutrina foi reafirmada no Concílio de Calcedónia, em 451, por Leão I, através de seus emissários.

Leão I impôs a uniformidade da prática pastoral, corrigiu abusos e resolveu disputas. Igualmente ficou marcado pela defesa do conceito teológico fundamental de que Jesus Cristo teve duas naturezas distintas, a humana e a divina. Devido à sua coragem e às suas posições inflexíveis, o povo romano o apelidou de "Leão de Judá", em referência à passagem no capítulo 5º do Livro do Apocalipse de São João: "Então um dos anciãos me falou: Não chores! O Leão da tribo de Judá, o descendente de Davi, achou meio de abrir o livro e os sete selos.

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