19/07/2013

Karol Jozej Wojtyla, o papa João Paulo II (1920 - 2005)


 Papa da Igreja Católico (1978- ) nascido em Wadowice, Polônia, primeiro papa não italiano desde Adriano VI, eleito 456 anos antes, e considerado um liberal em matéria social e muito conservador em relação à doutrina. Filho do operário Karol Wojtyla, que se tornou suboficial do Exército, e da professora Emília Kaczorowska, ficou órfão de mãe aos nove anos. Inscreveu-se (1942) como aluno de Filosofia e Teologia no seminário clandestino que o Cardeal Dom Adam  Stefan Sapihea mantinha em sua residência, em Cracóvia e foi ordenado sacerdote no dia primeiro de novembro (1946), aos 26 anos, enquanto trabalhava numa empresa de produtos químicos. Ao mesmo tempo atuou como ator de teatro e escreveu uma peça, que mais tarde seria encenada no Vaticano. No ano seguinte foi enviado pelo Arcebispo Sapihea para estudar em Roma, onde iniciou o doutorado em teologia. Voltou para Cracóvia (1949), onde concluiu seus estudos para doutorar-se em filosofia e moral, com tese sobre a ética em São João da Cruz. Assumiu a cadeira de filosofia, teologia e moral na Universidade Católica de Lublin (1954), até que foi nomeado pelo Papa Pio XII, bispo auxiliar da cidade de Cracóvia (1958). Tornou-se arcebispo de Cracóvia (1964) e participante do Concílio Vaticano II, e finalmente nomeado cardeal (1967) pelo papa Paulo VI. Com a morte do papa João Paulo I,

o papa sorriso, foi eleito papa em 16 de outubro (1978) e entronizado solenemente no dia 22 de outubro, com 58 anos e cinco meses e quatro dias de idade e adotou o nome de João Paulo II. Foi o primeiro papa polonês e, depois de muitos anos, o primeiro não italiano depois do holandês Adriano VI (1522) e o mais jovem depois de Pio IX (1846). A escolha de um cardeal estrangeiro, além disso oriundo da Europa oriental, foi vista como o início de uma nova era na igreja.

No seu pontificado tem acentuado o aspecto pastoral da igreja, mantido firme oposição ao aborto e ao controle da natalidade por meios artificiais e ao divórcio. Também manteve restrições à atuação de religiosos na política partidária, à ordenação de mulheres e defende a manutenção do celibato. Adotou a prática de freqüentes viagens pastorais por todas as partes do mundo.

 Também vítima de um atentado na praça de São Pedro (1981), quando foi alvejado pelo terrorista turco Mohamed Ali Agca, recuperou-se e retomou suas atividades, atingindo-o no abdômen e perfurando seu cólon e intestino delgado várias vezes.  Os cirurgiões realizaram uma colostomia, reencaminhando temporariamente a parte superior do intestino grosso para deixar a parte danificada inferior curar. O papa foi submetido a delicada cirugia de cinco horas e vinte minutos, com extirpação de 55 centímetros de intestino,17 dias depois de ter alta, é internado de novo na mesma clínica de Roma para ser tratado de uma infecção de cytomegalovirus.  A segunda tentativa de assassinato ocorreu em 12 de maio de 1982, apenas um dia antes do aniversário da primeira tentativa contra sua vida, em Fátima, Portugal quando um homem tentou esfaquear João Paulo II com uma baioneta. A 13 de Maio de 1982 e já recuperado, João Paulo II visita pela primeira vez o Santuário de Nossa Senhora de Fátima para agradecer à Virgem o ter salvo. O Santo Padre ofereceu uma das balas que o atingiu ao Santuário. Essa bala foi posteriormente colocada na coroa da Virgem, onde permanece até hoje.

 Erudito, poliglota e esportista, escreveu as encíclicas Redemptor hominis (1979), Dives in misericordia (1980), Laborem exercens (1981) e Slavorum apostoli (1985). Publicou também o novo código de direito canônico (1983), cuja revisão fora iniciada depois da conclusão do Concílio Vaticano II. Em mais de 26 anos de pontificado, o terceiro mais longo pontificado da história da Igreja Católica Apostólica Romana, tornou-se um verdadeiro missionário dos tempos modernos. Visitou oficialmente mais de 120 países em mais de uma centena de viagens apostólicas fora da Itália. Convocou e desenvolveu os Sínodos para os Bispos da Europa, da África, das Américas, da Ásia e da Oceania. Além de concluir a redação do Código de Direito Canônico e também redigiu e promulgou o Catecismo da Igreja Católica. Realizou seis consistórios com nomeação de 137 novos Cardeais. Atacado pelo Mal de Parkinson, morreu aos 84 anos, no Vaticano, após dois dias de agonia, às 21h37 de Roma, 16h37 de Brasília, do dia 2 de abril, em seus aposentos no Palácio Apostólico.

 Foi sem dúvida um dos maiores nomes da Igreja Católica de todos os tempos e uma dos mais influentes autoridades mundiais do século XX e princípios do XXI. Particularmente foi o papa que teve a coragem de fazer uma mea culpa, fato sem precedente histórico e de encontro a intrigante infalibilidade papal. Pediu perdão em nome da Igreja Católica pela perseguição aos judeus durante os séculos anteriores e por dois mil anos de pecados cometidos em nome da instituição, em um discurso baseado no documento Memória e Reconciliação: A Igreja e os Erros do Passado (2000), elaborado por autoridades eclesiásticas. O pedido de perdão do papa incluía as Cruzadas, a Inquisição, o Holocausto e outras atitudes da Igreja em relação a fiéis de outros credos. Antes dessa mea culpa, ele já havia reconhecido os terríveis males provocados pela Inquisição aos judeus.

Fonte

http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/PPJPaul2.html

Wikipédia


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