11/07/2013

Marco Ulpio Trajano, o Imperador Trajanus



(98-117) nascido em Itálica, na Bética, no sul da Espanha, perto de Híspalis, depois Sevilha, primeiro de fora da península itálica, que levou as fronteiras do império ao ponto máximo de sua extensão geográfica e realizou um vasto programa de obras públicas. De família nobre, concluiu a formação militar junto ao pai, governador primeiro da Síria e depois da Ásia, à época de Vespasiano. Comandou uma legião na Espanha e participou das campanhas na Germânia, nas quais conquistou grande prestígio. Nomeado cônsul por Domiciano (91), mais tarde adotado por Nerva, a quem sucedeu (98). Eficiente administrador, reorganizou o império, com apoio decisivo do Senado, que lhe concedeu o título excepcional de optimus princeps. Manteve um contato permanente e íntimo com a intelectualidade romana como consta da correspondência que manteve com Plínio o Jovem. Reativou o comércio e a agricultura, reduziu a carga tributária e a realizou um ambicioso programa de obras em todo o império. Além de edifícios públicos, como o novo forum de Roma, construiu estradas, pontes, aquedutos, portos, banhos públicos e infra-estrutura sanitária. Algumas dessas obras sobrevivem ainda na Itália, Espanha, norte da África e Balcãs. Seu prestígio, no entanto, não se deveu somente aos êxitos na política interna, mas também às conquistas militares e territoriais, destinadas a aumentar e consolidar o poder de Roma e a proporcionar os recursos necessários para suas reformas. Ampliou o Exército e reforçou as fronteiras com a Germânia, derrotou os dácios em duas brilhantes campanhas e criou a nova província da Dácia (106), hoje Romênia. Assegurada a fronteira oeste do império, voltou a atenção para o leste. Anexou o reino da Nabatéia, a parte da Arábia que se estende a leste e sul da Judéia, e empreendeu uma guerra contra o poderoso reino parto (110), que culminou com a anexação da Armênia e da Mesopotâmia, a conquista das principais cidades partas e a chegou com suas tropas até ao golfo Pérsico. Com uma série de revoltas nos territórios recém-conquistados e nas comunidades judias de diversas províncias orientais (116) e com a saúde abalada, entregou o comando do Exército ao sobrinho Adriano, que seria seu sucessor, e partiu de Antióquia de volta para Roma, porém morreu na viagem (117), em Selino, posteriormente Selindi, Cilícia, no sul da Anatólia. Seu nome está ligado a um dos mais belos monumentos da escultura romana nos tempos imperiais e que continua impressionante mesmo muito depois de desaparecida a antiga civilização romana: a Coluna de Trajano. Como exemplar do nível da escultura daquele império, é uma seqüência de relevos narrativos e encontra-se na capital itlaiana. Sempre à vista de visitantes e moradores da cidade, a Coluna de Trajano tem a altura de um edifício de dez andares e foi construída (113) para homenagear o imperador, cuja estátua dourada estava colocada no topo e foi substituída no século XVI pela de São Pedro. O mármore da superfície é talhado de modo a parecer um pergaminho que se desenrola em espiral coluna acima, totalizando mais de 180 metros de comprimento. Incluindo mais de 2500 figuras humanas esculpidas em relevos rasos, a espiral mostra uma série de cenas das triunfais campanhas do imperador na Dácia, hoje região da Romênia. A extraordinária obra de arte com 150 episódios em sucessão, forma uma narrativa continua e clara do aventura dos romanos naquela conquista.

http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/Trajanus.html

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