04/03/2015

4° Processo de canonização : Santo

Na Igreja Católica e na Ortodoxa algumas pessoas são oficialmente reconhecidas como santos. Elas são vistas como tendo feito algo de extraordinário ou tendo uma especial proximidade com Deus. A veneração dos santos, em latim, cultus, ou o culto dos santos, descreve uma especial devoção aos santos populares. Embora o termo "culto" seja frequentemente utilizado, significa apenas prestar honra ou respeito (Dulia). O Culto Divino está devidamente reservado apenas para Deus (latria).
Na doutrina católica, uma vez que Deus é o Deus da Vida, os santos estariam vivos no céu, podendo por isso interceder ou orar junto a Deus por aqueles que estão ainda na terra. A Igreja Católica baseia sua crença no dogma da comunhão dos santos e na passagem bíblica "Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de, súplicas, orações e intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens" (1 Tm. 2:1).
Um santo pode ser designado como um santo padroeiro de causas específicas ou profissões, ou invocado contra doenças específicas ou catástrofes, mas isso é somente pensamento popular, não sendo uma doutrina oficial da Igreja. Os santos não têm poderes próprios, mas apenas que os concedidos por Deus. Relíquias de santos são respeitados e muitas vezes preservadas em igrejas.
O processo de reconhecimento oficial de um santo é chamado, na Igreja Católica, de canonização. Isto só pode ter lugar após a sua morte uma vez que, segundo os princípios do Catolicismo Romano, mesmo a mais santa pessoa viva pode cair em pecado mortal até o último momento. Na Igreja Ortodoxa, é mais no sentido de evitar a pressa e permitir um amplo tempo de reflexão sobre a vida da pessoa.
"A Igreja Católica sempre acreditou que desde os primeiros tempos do cristianismo os Apóstolos e os Mártires em Cristo estão unidos a nós mais estreitamente, venerou-os particularmente juntamente com a bem-aventurada Virgem Maria e os Santos Anjos, e implorou devotamente o auxílio da sua intercessão. A eles se uniram também outros que imitaram mais de perto a virgindade e a pobreza de Cristo e além disso aqueles cujo preclaro exercício das virtudes cristãs e dos carismas divinos suscitaram a devoção e a imitação dos fiéis. (...) A Sé Apostólica (...) propõe homens e mulheres que sobressaem pelo fulgor da caridade e de outras virtudes evangélicas para que sejam venerados e invocados, declarando-os Santos e Santas em ato solene de canonização, depois de ter realizado as oportunas investigações." (João Paulo II, Const. Apost. Divinus perfectionis Magister).
Segundo Bento XVI, a santidade é uma tarefa que não é exclusiva apenas dos cristãos, mas de todo ser humano. Recordou que nos primórdios do cristianismo os cristãos eram chamados de "os santos". Com efeito, afirmou que "o cristão já é santo, porque o Batismo o une a Jesus e a seu Mistério Pascal, mas, ao mesmo tempo, deve chegar a sê-lo identificando-se com Ele mais intimamente. Às vezes, costuma-se pensar que a santidade é uma condição de privilégio reservado a uns poucos escolhidos. Na realidade, ser santo é tarefa de todo cristão, de todo homem. Segundo a epístola de São Paulo aos Efésios: "Deus sempre nos abençoou e nos escolheu em Cristo para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença, no amor". Todos os seres humanos são, portanto, chamados à santidade. Em última instância, a santidade consiste em viver como filhos de Deus, na "semelhança" com Ele, segundo a qual foram criados. Todos os seres humanos são filhos de Deus e todos devem chegar a ser aquilo que são, mediante o exigente caminho da liberdade." (Bento XVI, por ocasião da Solenidade de Todos os Santos de 2007)
Em conclusão, a santidade é uma vocação única e universal do Homem e consiste na "plenitude da vida cristã e [na] perfeição da caridade" 1 .

Fonte
Vaticano

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