19/05/2015

Basílica

Em arquitetura, basílica é um grande espaço coberto, destinado à realização de assembleias cuja origem remonta à Grécia Helenística. O seu modelo foi largamente desenvolvido pelos Romanos, sendo mais tarde adaptado como modelo para os templos cristãos.
A Basílica romana descende das Ágoras colunadas gregas, sendo que estes espaços romanos eram cobertos. Na sua gênese, as basílicas romanas eram edifícios multifuncionais, que poderiam albergar áreas públicas, políticas, comerciais e sociais. Eram espaços de reunião destinados a assembleias cívicas, funcionando muitas vezes como tribunais ou espaços comerciais (lota/leilões), tornando-se um edifício central e indispensável em qualquer cidade importante. A basílica era um edificio grande e oblongo, geralmente composto por uma nave central, duas colaterais e uma ou mais ábsides. As naves laterais são mais baixas, por forma a não obstruir as janelas altas (clerestório) na parte superior da nave central. Numa posição bem visível, ao fundo, estava a tribuna que mais tarde seria adaptada transformando-se no altar e no púlpito do culto cristão.
Basílicas do Fórum Romano

Basílica Júlia - Roma, Itália
Basílica Emília - Roma, Itália
Basílica de Constantino- Roma, Itália

Arquitetura cristã

A basílica romana foi adaptado pelo Cristianismo porque aliava o interior espaçoso adaptado à realização de assembleias, exigido pelo culto cristão, à grandiosidade que convinha à nova religião (note-se o paralelo com o termo "assembleia de Deus". Por outro lado tratando-se de um edifício oficial não seria conotado com o paganismo. Na abside onde antes se situava o tribunal (lugar de poder) situam-se agora os assentos concêntricos do clero e o altar. Esta abside é quase sempre orientada a Este. A entrada que antes era feita lateralmente, passa a fazer-se a eixo com o altar: uma reminiscência dos templos egípcios. O seu interior dividia-se longitudinalmente numa nave central flanqueada por duas ou quatro naves Ao corpo principal da igreja foi acrescentado um transversal: o transepto que dividia a igreja em dois espaços - para os fieis e para o clero, e acrescentava o simbolismo da planta em cruz latina. À fachada simples foram acrescentadas duas torres e, por vezes, um nartex.

O termo também se aplica a igrejas, tal como as igrejas paleo-cristãs concebidas como mundos interiores que representam o civitas dei.

Basílicas maiores

As basílicas maiores (em latim: basilica major), antigamente conhecidas como "basílicas patriarcais" e hoje chamadas de basílicas papais, estão, desde o século XVII, diretamente sob autoridade do papa. Têm privilégios especiais e abrigam um altar e um trono papal. Nos Anos Santos, abrem suas "Portas Santas (Porta Sancta). Em Roma, são quatro apenas:

Basílica de São Pedro - Vaticano
Basílica de Santa Maria Maior - Roma, ou S. Maria Maggiore;
Basílica de São João de Latrão - Roma, ou S. Giovanni in Laterano;
Basílica de São Paulo extra-muros - Roma, ou S. Paolo fuori le Mura.
Existem ainda algumas igrejas de peregrinação, que se deviam visitar quando em Roma e são sete. Como contem relíquias particularmente importantes, o papa Bonifácio VII (r. 1294–1303) determinou indulgência plena a quem as visitasse. São as quatro basílicas papais mais:

Basílica de São Sebastião das Catacumbas ou S. Sebastiano fuori le Mura
Basílica de São Lourenço Fora de Muros ou S. Lorenzo fuori le Mura
Basílica de Santa Cruz de Jerusalém ou S. Croce in Gerusalemme.

Basílica menor

Basílica menor é um título honorífico concedido pelo Papa a igrejas em diversos países do mundo consideradas importantes por diversos motivos tais como:

Veneração que lhe devotam os cristãos,
Transcendência histórica e
Beleza artística de sua arquitetura e decoração
Só em Roma há 59 basílicas menores.

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