13/06/2015

12 de Junho - Santo Onofre; Onouphrius Século IV e V

Onofre foi um eremita que viveu no Egito no final do século IV e início do século V. Ele foi encontrado por um abade chamado Pafúncio. Acostumado a fazer visitas a alguns eremitas na região de Tebaida, esse abade empreendeu sua peregrinação a fim de descobrir se também seria chamado a vivê-la.

Pafúncio perambulou no deserto durante vinte e um dias, quando, totalmente exausto e sem forças, caiu ao chão. Nesse instante, viu aparecer uma figura que o fez estremecer: era um homem idoso, de cabelos e barbas que desciam até o chão, recoberto de pêlos tal qual um animal, usando uma tanga de folhas.

Era comum os eremitas serem encontrados com tal aspecto, pois viviam sozinhos no isolamento do deserto e eram vistos apenas pelos anjos. No final, ficavam despidos porque qualquer vestimenta era difícil de ser encontrada e reposta.

No primeiro instante, Pafúncio pôs-se a correr, assustado, com aquela figura. Porém, minutos depois, essa figura o chamou dizendo que nada temesse, pois também era um ser humano e servo de Deus.

O abade retornou ao local e os dois passaram a conversar. Onofre disse a Pafúncio o seu nome e explicou-lhe a sua verdadeira história. Era monge  em um austero monastério em Tebas, mas sentira-se chamado à vida solitária. Resolveu seguir para o deserto e levar a vida de eremita, a exemplo de são João Batista e do profeta Elias, vivendo apenas de ervas e do pouco alimento que encontrasse.

Onofre falou sobre a fome e a sede que sentira e também sobre o conforto que Deus lhe dera alimentando-o com os frutos de uma tamareira que ficava próxima da gruta que era sua moradia. Em seguida, conduziu Pafúncio à tal gruta, onde conversaram sobre as coisas celestes até o pôr-do-sol, quando apareceu, repentinamente, diante dos dois, um pouco de pão e água que os revigorou.

Pafúncio falou a ele sobre seu desejo de tornar-se um eremita. Mas Onofre disse que não era essa a vontade de Deus, que o tinha enviado para assistir-lhe a morte. Depois, deveria retornar e contar a todos sua vida e o que presenciara. Pafúncio ficou, e assistiu quando um anjo deu a eucaristia a Onofre antes da morte, no dia 12 de junho.

Retornando à cidade, escreveu a história de santo Onofre e a divulgou por toda a Ásia. A devoção a este santo era muito grande no Oriente e passou para o Ocidente no tempo das cruzadas. O dia 12 de junho foi mantido pela Igreja, tendo em vista a época em que Pafúncio viveu e escreveu o livro da vida de santo Onofre, que buscou de todas as maneiras os ensinamentos de Deus.

Ele é o padroeiro dos tecelões, talvez porque as vezes tecia sua própria peça de roupa com fios de plantas encontradas no deserto.


É protetor do alcólatras. Diz a lenda que teria no início de sua vida vencido esse terrível vicio, mas nada foi provado nesse sentido. Não obstante ele é invocado para a cura do alcoolismo.

Tebas (Egito)

Tebas  foi uma cidade do Antigo Egito. Foi capital do reino durante o Império Novo (c. 1550 a.C. - 1070 a.C.). Foi, posteriormente, a capital das províncias romanas de Tebaida e da Tebaida Superior. Hoje, nas suas proximidades, ergue-se a cidade de Luxor. Tebas e a sua Necrópole foram classificados Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura em 1979
No período do Novo Império, Tebas viveu seu auge, atraindo boa parte da riqueza do Egito e das terras então conquistadas. À medida em que experimentou sua decadência, o centro do poder se deslocou para o delta do Nilo. A cidade, então, tornou-se, durante o século XI a.C., uma entidade política separada sob o domínio sacerdotal. Em 661 a.C., Tebas foi saqueada pelos assírios, um evento relatado na Bíblia (Livro de Naum, capítulo 3, versículos 8-10).

Com a conquista do Egito por Alexandre, o Grande no século IV a.C. e a posterior colonização grega patrocinada pela dinastia Ptolomaica (faraós também de origem grega), a cidade recebeu o nome sob o qual ainda é popularmente conhecida, uma referência à cidade de Tebas original, localizada na Grécia.
Com a chegada de São Marcos, durante o reinado de Nero, nomeadamente no século I iniciou-se no Egito a divulgação do Cristianismo. Após umas décadas, o cristianismo conquistou mais terrenos no Egito e chegou até Tebas clandestinamente, onde um dos cidadãos tebanos chamado Paulo - logo foi conhecido como São Paulo-  se converteu ao cristianismo e fundou um dos modos de monastecismo e ermitismo. Com o crescimento do número da comunidade  cristã, os tebanos começaram a construir alguns conventos em Der El Medina , Der El Bahari, e Der El Rumi. Na realidade a palavra "Der" ou Deir" significa convento em árabe. No início os monges escolheram a margem ocidental de Luxor, sobretudo a região dos Túmulos dos Nobres de Tebas para construir dois novos conventos; " o Mosteiro de Cyramicus" localizado entre o túmulo de Neb-Amon e Hapo Seneb, e " o Mosteiro de Epifanus " descoberto por Theodore Davis que foi construído sobre o túmulo do visir Daga.


Com a vitória realizada através do reconhecimento dado por Constantino o Grande, e logo com o decreto de 391 d.C, os cristãos em Tebas escolheram certos lugares dentro dos monumentos antigos para construir as primeiras igrejas; lugares como o segundo pátio do templo de Hapo foi escolhido para construir a "Catedral de Atanasius" onde ainda se pode ver escritas cópticas gravadas nas colunas faraônicas. As ruínas desta igreja foram achadas em 1895. Existiam igrejas montadas no pátio de Amenhotep III no templo de Luxor e na Grande Sala de Festivais de Tutmés III no templo de Karnak. Naquela época também os ermitãos moravam no Vale dos Reis; sobretudo no túmulo de Ramsés IV, no túmulo de Ramsés V e no no túmulo de Ramsés III onde deixaram gravuras.


Em 29 a.C., momento em que os romanos estavam se tornando senhores do Egito, foi a vez de estes saquearem o local. Finalmente, em 20 a.C., um visitante grego relatou apenas algumas aldeias dispersas no terreno outrora centro do poder dos faraós. Somente no século VII, com a ocupação árabe, é que a região voltou a ter algum destaque, com a construção da moderna Luxor
A Luxor atual é uma cidade pequena que se estende 15 km do norte para Sul. Tem cerca de 250.000 habitantes. A atividade principal da cidade é o turismo. A maior parte da população da cidade trabalha no turismo porém ainda há uma atividade notável de agricultura sobretudo a cana-de-açúcar. A cidade tem uma série de hotéis modernos de categorias diferentes e um pequeno aeroporto moderno capaz de receber e servir a aviação internacional. Luxor está dividida em duas partes; O leste de Luxor (a parte urbana de Luxor), com os dois templos famosos de Karnak e de Luxor, o aeroporto, a estação de trens, os ancoradouros de cruzeiros, os hotéis, os restaurantes, o mercado, as lojas de presentes. E O Oeste de Luxor que contem vilas e sítios ricos em monumentos como; o Vale dos Reis, o Vale das Rainhas, o Vale dos Nobres, Der El Medina, El Der El Bahari, Kurna, Medinet Hapo.


Tebas e a sua Necrópole foram classificados Patrimônio Mundial da UNESCO em 1979.

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