É pertinente observarmos que a igreja primitiva surge e se estabelece
por um longo período nos lares. Havia grade comunhão, pois “[...] partiam
o pão de casa em casa e tomavam suas refeições com alegria e singeleza
de coração” (At 2.46). Compreendemos que o propósito da comunhão
e da singeleza de coração da igreja primitiva, ocorria na relação dos
pequenos grupos familiares, ou seja, “de casa em casa”. As igrejas nos
lares possibilitam um espaço ideal, para vivermos em favor do outro com
responsabilidade recíproca. Isso não dispensará a confissão mútua de
pecados. Como afirma Simson:
Quando as pessoas confessam uma diante das outras seus pecados
e se perdoam mutuamente (Cl 2.13), elas param de ter
uma vida dúplice uns perante os outros, rompendo o poder
do pecado oculto. Confessam suas próprias carências de perdão
e graça, podem tirar as belas máscaras e finalmente ser
autênticas, ganhando assim a aceitação e o amor de outros
pecadores, que na verdade estão na mesma situação (Simson,
2001, p.104).
Somente os pequenos grupos, que se reúnem regularmente
para desenvolver a mutualidade, geram o espaço onde os
relacionamentos profundos podem acontecer. A igreja não
conseguirá outro meio de ser igreja a menos que fracione seu
rebanho em pequenas células (que chamamos de pequenos
grupos) reprodutoras de relacionamentos (KIVITZ, 2008,
p.63).
Para Grudem (2005, p. 88): “um
pequeno grupo deve tratar de como as ovelhas podem aprender e graciosamente
cuidar uma das outras conforme a palavra de Deus”. Vendo a necessidade
que a igreja possui de compreender sobre a importância do cuidado
mútuo de um para com o outro, seguindo o exemplo do amor de Cristo.
Faz-se necessário discorre-se sobre a importância do ministério de casais
como instrumento de crescimento da igreja local e do fortalecimento da
comunhão no convívio familiar.
O crescimento da igreja e o ministério de casais
Entre o casal, ocorre à evangelização recíproca, feita por palavras
e por gestos que testemunham o milagre intimo operado
por Deus em cada um: “os cônjuges cristãos constituem um
para o outro, para os filhos e demais familiares, cooperadores
da graça e cooperadores da fé”. (SPREAFICO, 1992, p.82).
Nenhum comentário:
Postar um comentário