22/06/2011

Cidade Pádua (PADOVA)


É protagonista da história do Vêneto desde a aniguidade. Era um importante centro já ao tempo dos romanos_ em 59 a.C. nasce ali o histórico Tito Livio_ como prova, os restos de uma Arena. No período comunal a história da cidade foi especialmente tulmutuada_ mas sempre importante para o cristianismo pois ali viveu S. Antonio de Pádua, de origem portuguesa ( Lisboa), que passou ali os últimos anos de sua vida _ para depois despertar o grande período de desenvolvimento cultural e artístico sob a nobreza dos Carraresi, de 1318 a 1405 graças à presença de estudiosos e artistas atraídos pela Universidade já ativa desde 1222.
No período dos Carraresi a cidade viu surgir alguns dos seus monumentos mais famosos: o Palazzo della Ragione, a Basilica di S. Antonio, a Igreja degli Eremitani, a Cappella degli Scrovegni com os afrescos de Giotto quase antecipando o papel que terá em Florença em 1400. E, em 1405, Pádua passa sob o domínio de Veneza mesmo continuando a desenvolver um papel autônomo na cultura e na arte graças à presença de artistas como Mantegna e Donatello. Apesar de tudo isso, a cidade jamais assumiu um aspecto monumental e o seu desenho urbano é abundantemente irregular, alternando largas praças e pequenas ruazinhas porticadas e pitorescas, especialmente na zona so velho gueto, atualmente restaurada e vivaz centro de galerias de arte, lojas de antiguidades e cafés.
Hoje a vida da cidade é caracterizada pelo turismo, pelos eventos culturais, pela Universidade e pela famosa Fiera Campionaria ( centro de exposições) que com suas atividades realizadas o ano inteiro e com seus padilhões sempre em expansão, tornou-se um dos pólos econômicos mais importantes do norte da Itália.
Um percurso pela cidade poderia iniciar-se pela Igreja degli Eremitani, 1276-1306, possui formas românicas/ góticas; o interno é suntuoso, a única nave possui teto em lenho a quilha de navio. A igreja não é apenas um pantheon da antiga sociedade patavina mas é um símbolo da própria cidade tendo sida destruída pelos terríveis bombardeamentos do 11 março de 1944: testemunham esta destruição e resconstrução os restos recompostos dos afrescos de Andrea Mantegna na Capela Ovetari. Ao lado da igreja surge a Capela degli Scrovegni_ que leva o sobrenome da família que comissionou o trabalho_ a grandiosa obra prima de Giotto: os 38 requadros com as histórias de Maria e Jesus e o Grande Juízo Final pintados entre 1303 e 1305 que representam o nascimento da moderna pintura italiana, com características de perspecção, de cores e caracterização dos personagens que parecem já anticipar o humanismo.
Ao lungo do corso Garibaldi se tem a Praça Cavour sobre a qual temos o Café Pedrocchi, uma obra prima da arquitetura neoclássica, 1831, de Jappelli: em seu período permanecia sempre aberto, caracterizado por salas temáticas tendo visto a organização de movimentos do resurgimento.
Pouco distante fica a sede histórica, de 1493, a Universidade conhecida como “ o Bo”, pelo antigo hotel que existia ali, a Locanda al Bove. O antigo “studium” data de 1222 e foi imediatamente caracterizada pelos estudos das leis, notariado, medicina, filosofia e gramática.
Da Universidade se vai até o Palazzo della Ragione. Piazza delle Erbe e Piazza della Frutta_ esta última embelezada pelo apenas restaurado Pórtico della Gran Guardia, o Palazzo de Capitanio e Torre do Relógio_ obviamente as duas praças das feiras de Pádua.
O corpo do Palácio della Ragione é de 1218, a grande cúpula e os pórticos externos são de 1306. O salão principal_ embelezado pelos afrescos astrológicos do ciclo dos meses e pelo modelo linear dos cavalos de Gattamelata de Donatello_ com os seus 79 metros de profundidade_ é a maior sala suspensa da arquitetura antiga: um verdadeiro trabalho, uma obra prima da engenharia.
Pela Piazza delle Erbe se chega até o Duomo e ao antigo Battistero: a primeira construção do Duomo data ao século XII mas aquilo que se vê atualmente faz parte de um restauro de 1552 e do período neoclássico; o Battistero porém, mantêm ainda as suas características românicas de 1260 e ao interno possui os antigos afrescos de 1378 de Giusto dè Menabuoi, que figuram a vida de Maria, S. João, de Jesus e a cúpula afrescada representa o paraíso.
Prosseguindo pela antiga via Roma se chega atè o Prato della Valle que com os seus 88 620 mq é a maior praça da Europa: foi concluída em 1775 por motivo de um saneamento, reflete os ideais de urbanização iluministas. Desde sempre é cenário de grandes eventos: o primeiro foi em agosto de 1808 com o primeiro vôo italiano de um balão. Entre a praça e a Basílica del Santo se encontra o Orto Botanico que é uma das hortas botânicas de maior importância no mundo e que despertou a maravilha e a curiosidade de até mesmo Leonardo Da Vinci.
Do Prato della Valle indo atè a via Belludi se chega até a Basilica del Santo, um centro mundial do cristianismo. Construída entre 1232 e 1394 teve após outras fases sucessivas para sua conclusão. Possui estile românico/ gótico à qual não faltam detalhes islâmicos / bizantinos. Contém as relíquias de S. Antônio e por isso é meta de contínuas peregrinações; mas conserva ainda obras de arte de Donatello, de Altichiero, e de Giusto Dè Menabuoi. No adro da igreja se ergue o monumento equestre de Donatello completado em 1453 e dedicado ao capitão Erasmo da Narni conhecido como Gattamelata: uma das obras de arte do renascimento italiano.
Percorrendo novamente por via del Santo se encontra o Palazzo Zabarella, suntuosa moradia particular atualmente sede de prestigiosas mostras temporárias.

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