06/10/2011

Peregrinos e peregrinações medievais do ocidente peninsular nos caminhos da Terra Santa

Por José Marques

A realização em Cagliari, Sardenha, entre 16 e 19 do passado mês de Outubro, de um congresso subordinado ao tema "Os Anos Santos na História", quando o Jubileu Compostelano de 1999 se encaminha para o seu termo e a Cristandade se prepara para ceiebrar o grande jubileu comemorativo dos 2 000 anos do Nascimento de Cristo, que terá como centros de peregrinação Roma e Jerusalém, estimulou-nos a uma investigação histórica sobre as relações das gentes do ocidente peninsular com estes lugares sagrados, sem esquecermos o tradicional fluxo de peregrinações a Santiago de Compostela.

A iniciativa é pertinente, pois trata-se da região mais ocidental da Europa, em cuja parte Norte,precisamente no extremo Noroeste peninsular, os romanos colocavam o «finis terrae». Durante oito séculos continuou como região periférica, em relação aos dois grandes pólos de atracção das peregrinações da Cristandade Europeia: Roma e Jerusalém. A partir do século IX, quando a Península Ibérica ainda estava maioritariamente sujeita à dominação árabe, após a «descoberta » do túmulo, considerado do Apóstolo S. Tiago, rapidamente aí surgiu um novo centro de peregrinação, geograílcamente orientada em sentido inverso aos de Roma e de Jerusalém, peregrinação, aliás, favorecida pela dificuldade de livre acesso aos Lugares Santos da Palestina.

Pareceu-nos, por isso, de algum interesse apresentar no referido congresso os principais testemunhos da presença de peregrinos oriundos das regiões do extremo ocidente peninsular, coincidente com o actual território português, nos três grandes centros medievais de peregrinação: Jerusalém, Roma e Santiago de Compostela. leia o texto completo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O INCENSO NA MISSA

POR QUE SE USA O INCENSO NA MISSA? A maioria de nós vê o incenso nas missas solenes, mas não sabe o seu significado. O “queimar” incenso ou ...