16/05/2013

A ARQUITECTURA PALEOCRISTÃ DA LUSITÂNIA NORTE


O aparecimento do Cristianismo representou para Roma uma
novidade surpreendente em relação às religiões até então existentes no
Império: ao politeísmo tradicional de todas as religiões, o Cristianismo
opõe o monoteísmo; os sacrifícios humanos ou animais são
substituídos por sacrifícios simbólicos, mas onde o elemento animal e
vegetal continua presente através do pão e do vinho transubstanciados
no corpo e sangue de Cristo; a uma sociedade esclavagista e baseada
na  divisão em  classes, o Cristianismo vai contrapor que  ―Já não há
diferença entre judeu e grego, entre escravo e homem livre, entre
homem e mulher, pois todos vós sois um só em Jesus Cristo‖ (Paulo,
3, 27); o culto ao imperador, um dos principais elos da união do
Império e o único culto verdadeiramente universal, confronta-se agora
com a adoração de um Deus único e Omnipotente.
Num primeiro momento  de surpresa, a  tolerância tradicional  do
espírito de superstição romano perante todas as divindades dos povos
conquistados  levou a que os primeiros imperadores considerassem
estar  simplesmente  perante mais uma religião de mais um povo
conquistado, ainda por cima vinda do oriente e com origem judaica,
de  um povo que  já tantos problemas tinha levantado na sua
subjugação. Rapidamente, no entanto, se aperceberam da importância
subversiva da nova religião e começaram, em meados do século I, um
conjunto de perseguições durante as quais os cristãos são martirizados.
O espírito de sacrifício dos cristãos, a sua entrega à oração e às
mãos do seu Deus, a sua morte serena, mesmo que acontecesse às
garras de  animais selvagens, era um exemplo que estava a contagiar

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Fonte:
JOÃO L. INÊS VAZ.  MÁTHESIS 20 2011 99-128
Disponível em < http://repositorio.ucp.pt/handle/10400.14/9161>

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