09/06/2011

Arius fundador da heresia do arianismo

Arius foi aluno de Luciano de Antioquia, um celebrado professor do cristianismo e um mártir da sua fé. Numa carta ao Bispo Alexandre de Constantinopla, Alexandre, Patriarca de Alexandria escreveu que Arius derivou a sua heresia de Luciano.
Apesar do carácter de Arius ter sido severamente assaltado pelos seus opositores, Arius não parece ter sido um homem de um caracter ascético, de moral pura, e de convicções.
Em 318 houve uma discussão entre o Bispo Alexandre de Alexandria e Arius, porque este último acusava Alexandre de Sabelianismo. Num Concílio que Alexandre convocou de seguida, Arius foi condenado.
Arius tinha no entanto numerosos apoiantes e a disputa espalhou-se desde Alexandria por todo o Oriente. Ao mesmo tempo, Arius encontrou refúgio e o apoio de Eusébio de Cesareia.
Para restabelecer a união entre os cristãos, o Imperador Constantino I convocou o Primeiro Concílio de Niceia em 325, onde a doutrina de Arius acabou por ser condenada como herética.
Arius foi expulso, tendo no entanto a sua banição sido anulada pela influência do Bispo Eusébio de Nicomédia em 328, o mesmo ano em que Atanásio se tornou Bispo de Alexandria.
Em 335 Arius seria supostamente reabilitado. Ele declarou-se de acordo em subscrever a doutrina de Niceia, que ele tinha recusado anteriormente. Antes de poder receber a comunhão em Constantinopla, morreu subitamente.
De acordo com o relatório de Sócrates Scholasticus (História da Igreja, I, XXXVIII), o Metropolita Alexandre de Constantinopla (314-337), pediu, em conflito de consciência que a ordem do imperador lhe causara, que matassem Arius ou a ele antes que a comunhão tivesse lugar.
Alguns povos seguiram a doutrina de Arius até ao século VII. Com a conversão de Chlodwig à fé romana de Atanásio, por motivos de ordem estratégica, deixaram de ser arianos. A problemática da Trindade permanece em aberto até hoje.
Para um estudo mais amplo e aprofundado relativo à controvérsia entre cristãos e arianistas cf. SPINELLI, Miguel. que (no Helenização e Recriação de Sentidos. A Filosofia na Época da Expansão do Cristianismo - Séculos II, III e IV. Porto Alegre: Edipucrs, 2002) dedicou três capítulos ao estudo do Arianismo: "A controvérsia de Basílio com Eunomos, o teórico do arianismo"; "O envolvimento de Eunomos com a teoria aristotélica da substância ou dos universais"; e "O contraposto de Basílio a Eunomos e a tematização do nominalismo" (pp. 237 a 292).

Fonte: wikipédia

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