13/06/2015

Cidade de Padova (Pádua)

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Basílica de Santo Antônio de Pádua
Situada no centro geográfico da região do Vêneto, a cidade de Padova (Pádua), é a capital da província de mesmo nome. Com seus pouco mais de 200 mil habitantes, é muito conhecida por ter sido o lugar onde foi sepultado Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo, o padre franciscano, que em 1232, um ano após o seu falecimento, foi canonizado, tornando-se  um dos santos com mais devotos em todo o mundo, Santo Antônio de Pádua, também conhecido com Santo Antônio de Lisboa.

Só esse aspecto religioso já faz de Padova especial. Alí, Santo Antônio teria convertido um grande número de pessoas com seus atos e suas palavras. Foi para esta cidade que ele pediu que o levassem quando seu estado de saúde piorou, em junho de 1231. Santo Antônio, porém, não resistiu ao esforço e morreu no dia 13, no convento de Santa Maria de Arcella, às portas da cidade que batizou de "casa espiritual". Tinha apenas 36 anos de idade. O pedido do religioso foi atendido dias depois, com seu enterro na Igreja de Santa Maria Mãe de Deus. Mais tarde, seus restos foram transferidos para a Basílica construída em estilo romanico gótico  sua homenagem, um majestoso complexo arquitetonico cujas obras iniciaram também em 1232.

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A majestosa Basílica de Santo Antônio, que fez questão de ficar em Padova.
Mas Padova não se caracteriza apenas por esse aspecto. Trata-se, na verdade, de um dos mais representativos pólos da arte italiana, com três mil anos de história. Sede da segunda universidade (por onde circulou Galileu Galilei) fundada na Itália, em 1222, o horto botânico da instituição, criado em 1545, é o mais antigo do mundo, tendo sido elevado à condição de patrimônio mundial pela Unesco.

Com um fascínio elegante e discreto, imersa em uma atmosfera medieval  (onde desponta, por exemplo, a muralha), Padova conserva sua  inconfundível estrutura urbana, feita de pequenas vias, pórticos, monumentos e palácios. A figura de Giotto, que realizou na Capela dos Scrovegni, a sua obra prima, resplandesce em Padova. Na verdade, para dimensionar a amplitude da arte que se respira em Padova, é preciso destacar que, em 1405, a cidade  foi unida ao domínio de Veneza, porém manteve a superioridade artística até à metade do século XIV, graças a Donatello e Mantegna.



O Palazzo della Regione, uma das obras arquitetônicas imponentes da cidade.
Não bastasse toda a riqueza que a cidade encerra, pelo  território da província também se respira história, cultura, tudo  emoldurado por paisagens e uma natureza pródiga. Que pode ser sintetizada nas termas Euganeas, sinônimo de saúde e de bem-estar.

Enfim, da ponte de San Lonrenzo, ao Palazzo della Regione, chamado pelos padovanos de Salone – porque o seu andar superior é constituido de apenas uma única peça –, dos monastérios aos jardins, dos afrescos às esculturas geradas pelas mãos de gênios da arte, dos museus aos canais, das delícias do Salão do Sabor às cafeterias, não é por acaso que Padova foi a cidade escolhida por Santo Antônio.

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